terça-feira, 4 de junho de 2013

FOTOS DO ESTAGIO





FOTOS DO ESTAGIO BÁSICO




NARCISISMO


O QUE É NARCISISMO?
COM BASES NAS RESSONÂNCIAS DESSE TERMO, FREUD DESENVOLVEU UM DOS CONCEITOS MAIS IMPORTANTES DE SUA TEORIA.
Muitas vezes a palavra “narcisismo” é utilizada no senso comum de maneira pejorativa, para designar um excesso de apreço por si mesmo. Para a psicanálise, trata se de um aspecto fundamental para a constituição do sujeito. Um tanto de amor por si é necessário para confirmar e sustentar a autoestima, mas o exagero é sinal de fixação numa identificação vivida na infância. 

A ilusão infantil de que o mundo gira ao nosso redor é decisiva nessa fase, mas para o desenvolvimento saudável é necessário que se dissipe, conforme deparamos com frustrações e descobrimos que não ser o centro do universo tem suas vantagens. Afinal, ser “tudo” para alguém (como acreditamos, ainda bem pequenos, ser para nossa mãe) é um fardo pesado demais para qualquer pessoa. Alguns, no entanto, se iludem com o fascínio do papel e passam sua vida almejando o modelo inatingível de perfeição. 

Diz o mito grego que Narciso era uma criança tão linda e admirada que sua mãe, Liríope, preocupada com esse excesso, levou-o até o sábio Tirésias. Ele lhe disse que o menino só teria uma vida longa se jamais visse a própria imagem. Por muito tempo essas palavras pareceram destituídas de sentido, mas os acontecimentos que se desenrolaram mostraram seu acerto. Na adolescência, Narciso era um jovem belíssimo, mas muito soberbo. Ao passear certo dia pelo campo, a jovem Eco o viu e se apaixonou por ele, mas o rapaz a repeliu. Um dia, cansado, Narciso dirigiu-se a uma fonte de águas límpidas. Eis então que a profecia se realiza: ao ver-se refletido no espelho das águas, enlouqueceu de amor pelo próprio reflexo. Embevecido, não tinha olhos nem ouvidos para mais nada: não comia ou dormia. Em vão, Eco suplicava seu olhar. Mas Narciso só olhava para si. Apaixonado, ensimesmado, busca para aplacar sua dor um outro que, sendo ele mesmo, não lhe responde. Realiza-se, então, seu destino: mergulha no espelho e desaparece no encontro impossível.

Sem a possibilidade de reconhecimento do que é a própria imagem e do que é o outro, o corpo de Narciso tornou-se pura miragem e desfez-se nas águas... E Eco, que só a Narciso perseguia, só por ele clamava, só nele vivia, petrificou-se e perdeu o poder de sua própria palavra. Narciso não cria laços; não partilha seu encanto. Perde-se na imagem de si. Eco também se perde e, no desencontro, entrega-se à repetição compulsiva, sem poder se separar da miragem idealizada. 

Com base nas ressonâncias desse mito, Freud desenvolverá um dos conceitos mais importantes de sua teoria – o narcisismo. Mencionado pela primeira vez em seus escritos em 1909, é apresentado como uma fase própria do desenvolvimento humano, quando se realiza a passagem do autoerotismo, do prazer centrado no próprio corpo, para o reconhecimento e a busca do amor em outros objetos – diferentes de si. Passagem importante e cheia de inquietações já que implica a saída da gratificação por aquilo que é efeito apenas da própria imagem – “Narciso só reconhece o que é espelho” – para a realização de uma das conquistas mais importantes da cultura: a possibilidade de viver, aceitar e trabalhar com a alteridade e, portanto, com as diferenças. 

Freud aborda explicitamente esse conceito – efeito do confronto vivido por ele mesmo ao deparar com argumentos de Adler e Jung, que questionavam suas teorias acerca do lugar ocupado pela sexualidade na constituição da subjetividade e na compreensão das patologias. A legitimidade do conceito justificou-se a partir da experiência freudiana com a clínica, naquilo que reconheceu como resistência dos pacientes em abandonar suas posições amorosas, nas manifestações da onipotência infantil e do pensamento mágico, nas doenças orgânicas e na hipocondria – quando toda a libido se volta para o corpo doente – e nos delírios de grandeza das psicoses. Em O mal-estar na civilização, de 1930, Freud diz que um dos grandes obstáculos do homem em sua busca pela felicidade, e que lhe traz maiores dificuldades, é o sofrimento resultante das relações humanas, pois elas nos colocam em confronto com aquilo que, não sendo espelho, nos solicita novos posicionamentos. 

Toda criança, ao nascer, é banhada por vários olhares e desejos. Quando se contemplar no espelho, não verá o simples reflexo físico de uma imagem, mas tudo o que esses olhares depositaram no seu corpo. É um momento fulgurante de “sua majestade, o bebê!”. Júbilo para a criança e para os pais, que vêem renascer das cinzas sua própria imagem idealizada e todos os seus anseios irrealizados. Instante de narcisismo primárioconstitutivo e alienante. O bebê será um herói, vencerá todos os perigos; trata-se de um momento necessário, mas cheio de riscos. Se não ocorre, a imagem de si pode não se constituir, pode se fragilizar, parecendo insuficiente. Se for excessivo, torna-se aprisionante, comprometendo o futuro, a possibilidade de construção de projetos e os ideais. 

Se tudo correr bem, a criança se desligará desse olhar primordial e escapará do destino fatal de Narciso – embeber-se, afogado, na tentativa de perpetuar o encontro com a imagem que as águas lhe devolviam. Os desdobramentos do narcisismo são de fundamental importância para a análise do mundo em que vivemos. A valorização da imagem e do sucesso a qualquer custo reduz a tolerância das mínimas divergências – o que Freud chamou de narcisismo das pequenas diferenças – e acirra os conflitos, seja nas pequenas discordâncias do cotidiano ou nos grandes conflitos bélicos. Se o outro não me satisfaz, se não é espelho daquilo que almejo, se tenta opor se às minhas vontades e ameaça minha autoestima, eu o aniquilo. O terreno é propício para preconceitos, fanatismos e violência. 

A tragédia vivida por Narciso não nos abandona. Deixa sempre restos que nos fazem seguir pela vida tentando reencontrar o olhar mágico que nos enlevava e nos dizia tudo que éramos. Busca incessante de certezas, de entrega passiva às ilusões...

A PORTA


Foto

IMAGEM SOBRE DESIGUALDADE


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CONDUTA E COMPORTAMENTO

terça-feira, 23 de abril de 2013

PÓS GRADUAÇÃO


Resenha Freud alem da alma


Resenha Freud  alem da alma

          Freud além da alma é um filme que demonstra a teoria  da psicanálise.  Freud acreditava na existência do inconsciente, e se interessava por atender e entender as pessoas com histeria, que naquele tempo eram considerados como pessoas que fingiam estar doentes e  com o diretor do hospital no qual Freud trabalhava não era diferente, ele também acreditava que os pacientes fingiam  estar doentes  para fugirem dos seus compromissos . Freud não pode compactuar com isso e decide deixar o hospital  e segue para Paris onde conhece Dr. Charcot que também interessava por estudar histerias, usando o método de hipnose.  Freud chega a conclusão que a histeria é uma doença de origem psicológica e reforça o seu pensamento em relação a existência do inconsciente e afirma que o ser humano é dividido entre o consciente e o inconsciente. Breuer o apoiava em suas teorias e, juntos concluíram que q histeria é causada por traumas que ficam guardadas no inconsciente gerando consequências físicas.  
          Ao longo do tempo, Freud percebe que a hipnose apesar de trazer ao consciente  a origem dos problemas não chega a trazer a cura.
Através de suas lembranças e sonhos com a ajuda de uma paciente, Freud   descobre que crianças também tem sexualidade causando um grande choque aos  médicos da época .
           Cecily a paciente, não andava nem enxergava, durante as sessões de hipnose Freud percebe a origem de seus problemas, ele entendeu que quando Cecily era criança amava o pai e odiava a mãe. Compreendeu ainda que mesmo quando Cecily estava consciente conseguia lembrar coisas da sua infância , foi então aí que Freud decide não mais fazer uso da hepnose  .
          Quando Freud entendeu que Cecily amava o pai e odiava a mãe ficou transtornado e aborrecido, porque com suas lembranças e sonhos entendeu que o mesmo ocorria com ele, havendo alí uma contra-transferencia.
          Através desse episodio Freud descobre que quando a criança não consegue resolver esses conteúdos  na infância leva para a vida adulta e poderá ter graves consequências.
          Nessa época resolve mudar sua teoria , diz que a criança tem instinto sexuais desde o nascimento, mas não tem consciência disso e mostra ainda que a mente pode controlar nossas vidas.

ZELIA DE JESUS RAIMUNDO
 

Analise: Os Passageiros



Analise : Os passageiros.


          Depois de um acidente de avião , Cleier , uma linda jovem , é chamada para prestar apoio psicológico aos cinco sobreviventes, que apresentaram traumas. Esses trabalho se tornou um tanto difícil para Cleier , ela se envolve emocionalmente com Eric, um sobrevivente.
          A medida que as lembranças da explosão vem à tona , os pacientes vão desaparecendo sem deixar nenhum vestígio, e Cleier fica muito intrigada com esses fatos , a jovem desconfia que a companhia aérea  tem responsabilidade nisso e dá inicio a uma curiosa investigação. Seu envolvimento com Eric ultrapasa os limites impostos por ela diminuindo as diferenças entre a psicóloga e os pacientes e às vezes invertendo os papeis .
          A medida que as cenas do acidentes foram chegando a memória a verdade apareceu e aos poucos Cleier comprende que ela também estava no avião e  também morreu.

ZELIA DE JESUS RAIMUNDO.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Imagem pessoal: sucesso na carreira

O sucesso profissional muitas vezes é medido pela imagem e marketing pessoal. Independentemente da idade, cargo ocupado ou função desempenhada, o marketing pessoal é uma ferramenta indispensável para a concretização do projeto de vida e de carreira.
Não se pode negar que nossa sociedade é cada vez mais visual. Segundo dados do Professor PhD Albert Mehrabian, pioneiro na compreensão da comunicação desde 1960, após uma conversa, o que mais se destaca em uma pessoa é a sua aparência e as suas ações (55%). A maneira de se expressar vem em seguida (38%), e só depois é que aparece o conteúdo (7%).
Esses dados confirmam que a imagem pessoal tornou-se um dos aspectos que realmente contribuem para o sucesso em todas as áreas de trabalho. Porém, ela não é medida somente pela roupa que vestimos, pelo relógio que usamos, pelo notebook que trabalhamos e muito menos pelo carro que andamos. A energia positiva e o entusiasmo, pelo que se quer e pelo que se faz, transmitidos na imagem pessoal, na voz e no posicionamento do profissional, são fatores que também influenciam no sucesso.
Para saber como transmitir uma boa imagem pessoal e comportamental, veja algumas dicas:
- Consciência corporal: uma postura correta transmite a impressão de segurança e confiança ao entrevistador;
bevite falar perto e/ou alto demais, não use o gerúndio; evite expressões de novelas ou populares, e nunca use palavrões e gírias;
- Modismos: atenção aos modismos de brinco, fivelas e piercing. Discrição e o bom senso têm que prevalecer;
- Maquiagem: mulheres podem aproveitar da maquiagem aos 20 anos, fazer alguns pequenos corretivos aos 40 anos e sofisticar aos 50 anos;
- Acessórios: cuidado com relógios e pulseiras; utilize sapatos apresentáveis, nunca use meias brancas ou desfiadas;
- Cores: tente usar cores discretas e neutras. Tenha roupas bem acabadas e estruturadas. Invista em bons tecidos – algodão de preferência;
- Roupas: cuidado com o comprimento das saias; evite os decotes, as transparências e os babados; Celular: sempre desligado em reuniões; se precisar deixar ligado, informe que está aguardando uma ligação; sempre se identifique e pergunte se a pessoa pode atendê-lo antes de iniciar a conversa; cuidado com os toques engraçados;
- Cuidados com os cabelos: mulheres devem estar sempre com o cabelo bem cortado e procurar não movimentá-los muito; homens devem ter atenção com a barba, tem que estar bem aparada.
- Cartão de Visita: sempre na horizontal. Ao recebê-lo dê atenção e não brinque com o cartão. Leia e valorize o que recebeu. Em geral é melhor entregar no final, se não contiver o celular, anote-o.
- Ao telefone: sempre sorria, a pessoa do outro lado perceberá a sua postura simpática. Não fale alto demais, evite fofocas, seja breve.
É importante trabalhar as boas maneiras que fazem parte das ações de comunicação dos profissionais e podem contribuir na melhoria do marketing pessoal. Eis algumas questões que são utilizadas para trabalhar a apresentação pessoal dos profissionais:
1 - Qual é a imagem exigida pela carreira ou pela posição que você está querendo?
2 - A sua imagem pessoal corresponde, nesse momento, à imagem adequada à nova carreira?
3 - Em caso contrário o que será preciso fazer para auxiliá-lo a assumir a imagem adequada à sua nova carreira?
4 - Você se pergunta quem vai encontrar e o que vai fazer antes de se vestir?
5 - Você acha que tudo aquilo que veste envia uma mensagem - seja positiva ou negativa?
6 - Quais são suas impressões sobre alguém que acabou de conhecer?
7 - Quais são os padrões que influem na formação de suas opiniões sobre um profissional?
Com essas questões o profissional pode exercitar suas ações, cuidar da imagem e desenvolver um marketing pessoal, estratégias fundamentais para se destacar no mercado de trabalho.

COLEGAS DA FACULDADE


O QUE É NARCISISMO?

RESUMÃO DO FILME "FREUD ALÉM DA ALMA"

A ÉTICA APLICAVEL A TODAS AS RELAÇÕES HUMANAS, PRINCIPALMENTE NA POLITICA.

O PSICOLOGO NO BRASIL


O objetivo dessa abordagem é analisar os momentos da profissão através de um referencial teórico da Sociologia das Profissões e relacioná-los à trajetória política, econômica e social do Brasil.
                      Com base na pesquisa, os principais trabalhos sobre a história da psicologia no Brasil (Lourenço Filho, 1955/1994; Penna, 1992) apresentam, em geral, análises informativas e descritivas. A importância desses estudos reside, sobretudo, no fato de serem pioneiros, disponibilizando grande número de dados. Atualmente, a Escola dos Anais (Burke, 1992) redimensionou o lugar do historiador no processo de construção do conhecimento. Este profissional deixou de ser apenas um compilador de datas e dados, passando a assumir uma postura crítica em relação  ao passado. A história do psicólogo vem sendo valorizada. Além disso, a  reconstrução do passado passou  a  ser amparada por uma questão teórica e/ou metodológica.
                              O trabalho teórico que se segue apresenta uma proposta  de periodização para a história  da  prática  da  psicologia brasileira, de  fundamental importância  para a compreensão do processo de  organização desta profissão visa,  sobretudo,  incrementar  as  reflexões  sobre a história desta profissão. Para Freidson (1996), o  conceito de  profissão remete, essencialmente,  a  um  tipo  específico de  trabalho especializado, teoricamente fundado. No seu entender, para que  uma atividade seja reconhecida como tal,  é necessário que reúna algumas  características. Por um lado,  a  profissão deve  deter  um  conhecimento delimitado,  complexo  e institucionalizado. Por  outro, ela tem que organizar seus interesses  em  associações profissionais  que  padronizem  a conduta  dos  pares, realizando uma auto-regulação. O controle interno da profissão  é feito  através da fiscalização das  condutas profissionais com dispositivos formais, entre os quais se  destacam  os  códigos  de ética. 
                            A  profissão deve empenhar  todos  os  esforços  para  ser reconhecida como fundamental pelo Estado e pela sociedade. Uma das  expressões  deste  reconhecimento  é a regulamentação  legal  de  seu  exercício profissional.  O  conceito de  profissionalização serve  de  base para os três momentos  em que foi dividida a história da  profissão de  psicólogo no  Brasil.  O  primeiro período é compreendido entre a criação das faculdades de medicina do Rio de Janeiro e da Bahia (1833) e o final  do  século  XIX  (1890). A profissão de psicólogo no Brasil  durante  o século  XIX. O segundo período,  de  profissionalização,  é compreendido  entre  1890/1906  e  1975.  Ele abrange desde a gênese  da  institucionalização da  prática psicológica até a  regulamentação da  profissão  e a criação dos seus  dispositivos  formais. 
                          Serão considerados como marcos desse período: a Reforma Benjamim  Constant  (1890),  a  inauguração dos laboratórios  de  psicologia experimental  na educação (1906) e a criação do código de ética (1975). A partir de então, a psicologia passa a ter um  conhecimento próprio, institucionalizado e reconhecido. O terceiro momento inicia-se em 1975, quando a profissão de psicólogo passou  a estar  organizada e estabelecida. Período pré-profissional (1833-1890).  Até o início do século XIX, não havia no Brasil uma psicologia  propriamente  dita. A criação dos cursos de medicina na Bahia e  no  Rio de  Janeiro  (1833)  e a  organização de sociedades científicas e periódicos na área da saúde se constituíram como sinais de novos tempos.
                      Nas faculdades, os médicos apresentavam um grande  interesse  pelos  assuntos  psicológicos, produzindo  teses  de  doutoramento  acerca  do  tema, com  algumas  nuanças  regionais.  Na  Faculdade  da Bahia, por  exemplo,  a  preocupação principal  estava relacionada com  a aplicação da  psicologia  nos problemas sociais,  como na  Higiene  Mental  e Psiquiatria. Na Faculdade de Medicina do Rio
de Janeiro, por sua vez, o interesse estava voltado para a  relação da  psicologia com  a  neuropsiquiatria e neurologia. Período de profissionalização (1890/1906-1975). Dois  campos do conhecimento contribuíram para o início da profissionalização da psicologia no Brasil: a educação e a medicina. Em termos  institucionais,  a  psicologia  se aproximou primeiramente  da educação.  A  Reforma Benjamim Constant (1890) incorporou a disciplina de psicologia  nos  currículos  das  Escolas  Normais (Soares, 1979).  Isso  foi importante  para  o desenvolvimento da  profissão, pois  deu  início  ao processo de  institucionalização da  psicologia  no Brasil.  Acompanhando  a  tendência  internacional,  foi criado no  Pedagogia em, em  1906, o primeiro.    Pedagogia um (1890-1919): instituição que  funcionou inicialmente como um museu pedagógico, tornando-se, em 1897,  um  centro de cultura superior. 
                      Nesse  local,  foram 22 Pereira & Pereira Neto Psicologia em Estudo, Maringá, v. 8, n. 2, p. 19-27, 2003 Laboratório de  Psicologia  Experimental no  Brasil. (Lourenço  Filho, 1955/1994;  Penna, 1992).  Por  esta razão, tanto  a inclusão da disciplina de Psicologia na formação da  professora  normalista  (1890)  quanto  a criação do primeiro  laboratório  experimental  em educação  (1906)  podem ser  consideradas  marcos  do processo de profissionalização da psicologia no Brasil.1931. Para  Penna  (1992, p. 61),  “as  referências  ao ‘Pedagogium’,  à  Escola  Normal  e ao  Instituto de Educação  revelam-se  inteiramente  pertinentes  na medida em que foram as instituições, onde, de fato, se iniciou de modo sistemático, o  ensino da psicologia” no Brasil. A pedagogia, por outro lado, utilizou a psicologia, mais  precisamente a psicologia experimental, para adquirir  seu  status científico. A  incorporação da  psicologia  no  currículo dos cursos  de  pedagogia e a criação dos  laboratórios experimentais constituíram-se em vias trilhadas para a profissionalização do psicólogo no Brasil. Em  relação  à  medicina, seu  interesse  pela  psicologia, se materializou em 1923. A criação de um laboratório de  psicologia experimental  dentro da Colônia de Psicopatas do Engenho de Dentro (R.J.), dirigida por  Gustavo  Riedel,  é  mais  um marco do processo de profissionalização da psicologia no Brasil. Em  1932, escola  superior  de  psicologia.


Conclusão

                      De acordo com o tema abordado sobre o psicólogo no Brasil: notas sobre seu processo de profissionalização, a relação da medicina com a  gênese  da psicologia no Brasil, um comentário merece ser feito. Se por um lado, a medicina, através da psiquiatria, criou condições para o desenvolvimento da psicologia brasileira, por outro, ela buscou  apropriar-se  do universo psi. Com isso, sua estratégia passou a ser a de transformar a psicologia em especialidade médica. Entre 1890 e  1975 ocorreram  vários  fatos  que contribuíram  para processo de  profissionalização da psicologia  no Brasil, uns mais  vinculados  à formação profissional  e  outros  ao  estabelecimento de  limites para o exercício da atividade no mercado de trabalho. o  Instituto de  Psicologia foi incorporado  à  Universidade  do  Brasil  (atual Universidade  Federal  do  Rio de Janeiro). 
                      Em 1939, instalam-se neste  local  as seguintes  cátedras: Psicologia  Geral, no  Departamento de  Filosofia; Psicologia  Educacional , no  Departamento de Pedagogia; e Psicologia Aplicada, na Escola Nacional de Educação Física e Desportos (Penna, 1992). Assim,  a  profissão  legitimou-se academicamente para lutar pelo domínio de segmentos importantes do mercado de trabalho. De acordo com a sociologia  das  profissões, o  ensino profissional  é  um dos  elementos  importantes  para  que a  ocupação  se torne  uma  profissão oficialmente  reconhecida e detentora  de  um mercado de  trabalho. No dia 27 de agosto de 1962 foi aprovada a Lei nº 4.119, que  regulamentou  a  profissão de  psicólogo. Também foi emitido, nesse mesmo ano, o Parecer 403 do Conselho Federal de Educação, que estabeleceu o currículo mínimo e a duração do curso universitário de psicologia. O Decreto nº 53.464: Art. 4º - São funções do psicólogo: 1) Utilizar métodos e técnicas psicológicas com o objetivo de:  a) diagnóstico psicológico; b) orientação  e  seleção profissional;  c) orientação psicopedagógica;  d)  solução de problemas de ajustamento. 2) Dirigir serviços de  Psicologia em  órgãos  e estabelecimentos públicos,  autárquicos,  paraestatais,  de economia mista e particulares. 3) Ensinar  as cadeiras  ou disciplinas  de  Psicologia  nos vários níveis de ensino, observadas as demais exigências  da  legislação  em  vigor.  4) Supervisionar  profissionais  e alunos  em trabalhos teóricos e práticos de Psicologia. 5) Assessorar,  tecnicamente,  órgãos  e estabelecimentos  públicos,  autárquicos, paraestatais,  de economia  mista e particulares.  6)  Realizar  perícias  e emitir pareceres sobre a  matéria  de  Psicologia (Brasil, 1964). Entre estes  estavam:  diplomados  em  cursos  oficiais  e reconhecidos na área de psicologia clínica, educacional ou do trabalho; funcionários públicos nos cargos e funções de psicólogo,  psicologista ou  psicotécnico;  profissionais  que já estavam trabalhando na área de psicologia aplicada havia mais  de cinco  anos;  militares  formados  pelo  curso de psicologia do Ministério da Guerra; doutores em Filosofia, Educação e Pedagogia com tese relacionada à psicologia e pós-graduados  em  Psicologia e  Psicologia  Educacional (Soares, 1979).O psicólogo no Brasil 25. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 8, n. 2, p. 19-27, 2003. psicólogo  a  possibilidade  de  trabalhar  em  diferentes campos,  como  a clínica,  a escola, o trabalho, a área acadêmica e a  jurídica. 
                               Em 1971, foi defendida a criação do Conselho  Federal  de  Psicologia.  Lei  nº 5.766, de  20 de  dezembro de  1971,  criou os Conselhos  Federal  e  Regionais  de  Psicologia.O  primeiro Código de  Ética  dos  psicólogos foi  criado  em  1975, através  da  Resolução  nº 8, de  02 de  fevereiro, do Conselho Federal de Psicologia. Segundo  a  Sociologia  das  Profissões,  a organização de conselho de ética tem  a finalidade de padronizar  condutas, punindo os  pares  e ampliando sua aceitação  junto  à comunidade. a  psicologia conseguiu,  em meados  dos  anos  1970,  todos  os requisitos  necessários  para  ser  considerada  uma profissão: Período profissional (1975) A  partir  de  1975,  iniciou-se  um  novo  momento, A década de 1970 assinala um grande crescimento do número de  profissionais  formados  em  psicologia. da  demanda  da  população por  serviços psicológicos.
                         A psicologia e a psicanálise entraram no cotidiano das  pessoas  através  de  manuais  de comportamento,  revistas, programas  de  TV  e  livros sobre sexualidade.Em  1988, o  Conselho  Federal  de  Psicologia realizou o primeiro grande  levantamento  sobre a profissão no Brasil.  Essa  pesquisa,  cujos  dados foram coletados  entre  o  final  de  1985  e  o   início de  1987, concluiu que a  profissão  apresentava as seguintes características:  profissão  feminina concluiu  também  que  os  psicólogos  eram profissionais  mal-remunerados, pesquisas, realizadas  em  1994  e em 2001, pelo  Conselho  Federal  de  Psicologia,  indicam que  os  dados  colhidos  em  1988 permanecem, continua sendo uma profissão feminina, jovem, mal-remunerada.
                        De acordo com o texto, penso que a profissão do psicólogo, irá enfrentar muitos desafios, em todos os aspectos. Portanto o compromisso de qualquer profissional com a sociedade é inevitável.  Certamente irá contribuir para solucionar os problemas da sociedade para que tenhamos uma sociedade mais justa e humana. Ela deve transmitir uma reflexão diante das abordagens para um desenvolvimento das pessoas em seu contexto social. Analisando o contexto econômico, cultural e social do meio em que vive teoria e a pratica. Faz-se necessário que as práticas de Psicologia sejam reavaliadas quanto ao compromisso social–comunitário da Psicologia, dando origem a uma maior sistematização e valorização de ações alicerçadas nos pilares de promoção, prevenção e recuperação da saúde.