quarta-feira, 10 de abril de 2013

A ÉTICA APLICAVEL A TODAS AS RELAÇÕES HUMANAS, PRINCIPALMENTE NA POLITICA.



                               Ao iniciar um trabalho que envolve a ética como objeto de estudo, consideramos importante, como ponto de partida, estudar os conceitos de ética, ética empresarial e fazendo uma pequena abordagem sobre a moral e a responsabilidade social que consideramos muito importantes para o nosso trabalho e para toda sociedade. O objetivo desse trabalho é refletir sobre a ética, moral e a responsabilidade nas empresas, no sentido de motivar as ações para a pratica do bem.  Segundo Nash, (1990, pg. 3) “apesar de que a atividade de ganhar dinheiro sempre teve uma aliança meio desconfortável com o senso particular de moralidade das pessoas”. Numa definição bem geral, ética aceita a existência da história da moral, tomando como ponto de partida à diversidade de morais no tempo, entendendo que toda sociedade tem sido caracterizada por um conjunto de regras, normas e valores, não se identificando com os princípios e normas de nenhuma moral em particular nem adotando atitudes indiferentes ou diante delas. A história da ética é um assunto complexo e que exigem alguns cuidados em seu estudo. Como disciplina ou campo de conhecimento humano, ética se refere à teoria ou estudos sistemáticos sobre a prática moral. Dessa forma ela analisa e critica os fundamentos e princípios que orientam ou justificam determinados sistemas e conjunto de valores morais. É, em outras palavras, a ciência da conduta, a teoria do comportamento moral dos homens em sociedade.
                                A ética é na verdade como a educação de nosso caráter, temperamento ou vontade pela razão, em busca de uma vida justa, bela e feliz, que estamos destinados por natureza. Traduzindo o processo consciente ou intuitivo que nos ajuda a escolher entre vícios e virtudes, entre o bem e o mal, entre o justo e o injusto. É a predisposição habitual e firme, fundamentada na inteligência e na vontade, de fazer o bem. Ser ético, portanto, é buscar sempre o bem, combater vícios e fraquezas, cultivar virtudes, proteger e preservar a vida e a natureza.
Também abrange toda reflexão que fazemos sobre o nosso agir e sobre o sentido ou missão de nossa vida, bem como sobre os valores e princípios que inspiram e orientam nossa conduta, buscando a verdade, a prática de virtudes e a felicidade. Não devemos confundir ética e moral, a ética não cria a moral nem estabelece seus princípios, normas ou regras. Ela já encontra, numa dada sociedade ou grupo, a realidade moral vigente e parte dessa realidade para entender suas origens, a sua essência, as condições objetivas e subjetivas dos atos morais e os critérios ou parâmetros que justificam os juízos e os princípios que regem as mudanças e sucessão de diferentes sistemas morais.
                        A ética também estuda e trata a responsabilidade do comportamento moral, a decisão de agir numa dada situação concreta é um problema prático moral; investigar se a pessoa pôde ou não escolher e agir de acordo com a decisão que tomou é um problema teórico - ético, pois verifica a liberdade ou o determinismo ao quais nossos atos estão sujeitos. Se o determinismo é total e vem de fora para dentro (normas de conduta pré-estabelecidas às quais devemos nos ajustar) não há qualquer espaço para a liberdade, para a autodeterminação e, portanto para a ética.

Definição de ética, moral e ética empresarial.

A ética não é algo superposto à conduta humana, pois todas as nossas atividades envolvem uma carga moral. Idéias sobre o bem e o mal, o certo e o errado, o permitido e o proibido definem a nossa realidade.
Em nossas relações cotidianas estamos sempre diante de problemas do tipo: devo sempre dizer a verdade ou existem ocasiões em que posso mentir? Será que é correto tomar tal atitude? Devo ajudar um amigo em perigo, mesmo correndo risco de vida? Será que posso mentir para conquistar o meu cliente?
Ao analisar o problema do comportamento ético-moral que hoje é o tema nos negócios que invade todas as áreas das empresas da mesma forma é assunto presente na mídia.
Para Valls (1993, p.7) “a ética é daquelas coisas que todo mundo sabe o que são, mas que não são fáceis de explicar, quando alguém pergunta”. Nesse sentido pode-se dizer que, alguns diferenciam ética e moral de vários modos, mas na verdade uma completa a outra.
A fim de maior compreensão fez-se necessário uma busca nos dicionários Aurélio e o dicionário Sérgio Ximenes, no qual o sentido de ética e moral nos expressa que ética é como moral, como norma baseia-se em princípios e regras morais fixas que precisam ser seguidas para vivermos em uma sociedade mais justa.
No dicionário de Aurélio (2005, p.407), conceitua-se ética e moral como “estudo dos juízos de apreciação referentes à conduta humana suscetível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente a determinada sociedade, seja de modo absoluto”.
O autor Aurélio (2005, p.604), também conceitua moral como conjunto de regras de conduta consideradas como válidas, quer de modo absoluto para qualquer tempo ou lugar, quer para grupo ou pessoa determinada.
O dicionário de Sérgio Ximenes (2002, pg. 409), define ética como ciência que estuda os juízos moral referente á conduta humana, virtude caracterizada pela orientação dos atos pessoais segundo os valores do bem e da decência pública, e a moral conjunto de regras de conduta baseadas nas noções de bem e de mal, Os estudos de Maximiano (1974, p.294) demonstram que a ética tem sido entendida sob várias concepções. Assim, a concepção de ética tratada pelo autor afirma que.
“A ética é como a disciplina ou campo do conhecimento que trata da definição e avaliação de pessoas e organização, e a disciplina que dispõe sobre o comportamento adequado e os meios de implementá-lo levando-se em consideração os entendimentos presentes na sociedade ou em agrupamentos sociais particulares”.
Reale (1999, p.29 apud Ourives, 2006, p.2) também afirma que a ética é a ciência normativa dos comportamentos humanos.
Segundo esses autores, a ética é como um conjunto de normas no qual o ser humano deve seguir para ser respeitado na sociedade.
Já Nogueira, (1989, p.5), conceitua a ética de uma forma um pouco diferente dos demais autores citados.
Godim,(2005,p.6), define a ética como o estudo geral do que é bom ou mal, para ele um dos objetivos da ética é a busca de justificativa para as regras propostas pela moral pois é diferente, pois não estabelece regras está reflexão sobre a ação humana diz que a moral estabelece regras que são assumidas pelas pessoas como uma forma de garantir o seu bem-viver a moral depende das fronteiras geográficas e garante uma identidade entre pessoas que se quer se conhece, mas utilizam este mesmo referencial comum.
Em um outro entendimento Moreira (1999, p.28, apud, Ourives, 2006, p3), conceitua ética empresarial como “o comportamento da empresa entendida lucrativa quando age de conformidade com os princípios morais e as regras do bem proceder aceitas pela coletividade (regras éticas)”.
Na definição de Denny (2001, p.134), não há distinção entre moral e ética, a ética empresarial, para ele consiste na busca do interesse comum, ou seja, do empresário, do consumidor e do trabalhador. Os dois autores explicam que as empresas devem seguir as regras e os princípios morais, e que as empresas imorais não são autênticas empresas.
Já no que diz respeito à ética nas vendas tem se observado que as maiorias das empresas estão mais preocupadas com declarações de princípios ou cartas de valores, de princípios e a sua missão, há empresa que querem mostra que estão realmente preocupadas com as relações com os seus clientes, mas muitas delas esquecem do significado da palavra ÉTICA. (EDUARDO BOTELHO, 2000, pg. 5).
O que fica disto é a imagem de que algumas empresas não estão na realidade, voltada para os clientes, mas sim, que estão apenas dizendo isto, mas sem ética como praticar qualquer outro princípio.
Afinal ética é algo que todos precisam ter, alguns dizem que tem, mas na verdade poucos levam a sério, na ética profissional as regras não devem ser quebradas e sim seguidas.

Valores Éticos e sua Interpretação

Na interpretação de Maximiano (1974, p.371) os valores éticos podem ser absolutos, baseia-se na premissa de que as normas de conduta são válidas em todas as situações, ou relativa, que as normas dependem da situação.
Para melhor entender, fez-se um estudo mais aprofundado onde os orientais entendem a ética relativa de forma que os indivíduos devem dedicar-se inteiramente à empresa, que constitui uma família à qual pertence à vida dos trabalhadores. Já, para os ocidentais, o entendimento é de que há diferença entre a vida pessoal e a vida profissional. Assim, encerrado o horário normal do trabalho, o restante do tempo é do trabalhador e não do patrão. Em relação à ética absoluta, parte-se do princípio de que determinadas condutas são intrinsecamente erradas ou certas, qualquer que seja a situação, e, dessa maneira, devem ser apresentadas e difundidas como tal.

 

 

Ética empresarial e sua Importância

A empresa tem sido entendida, doutrinariamente, como uma atividade econômica organizada, exercida profissionalmente pelo empresário, através do estabelecimento. (BULGARELLI, WALDIRIO. 1993 p. 22) Para um melhor entendimento uma empresa é uma organização particular, governamental, ou de economia mista, que produz e oferece bens e/ou serviços, com o objetivo de obter lucros.
Ética empresarial diz respeito a regras, padrões e princípios morais sobre o que é certo ou errado em situações específicas.
Serão apresentadas algumas definições de ética empresarial, para um melhor entendimento sobre sua importância.
Segundo Arnold Wald (1999, p.5), manifestando sobre a crescente importância da ética expressa que, evoluímos, assim, para uma sociedade em que alguns denominaram.
“Pós-capitalista” e outros “neocapitalista” ou, ainda, “sociedade do saber”, caracterizada pela predominância do espírito empresarial e pelo exercício da função reguladora do direito. O Estado reduz-se a sua função de operador para torna-se o catalisador das soluções, o regulador e o fiscal da aplicação da lei e a própria administração se desburocratiza. O espírito empresarial, por sua vez, cria parcerias que se substituem aos antigos conflitos de interesses que existiam, de modo latente ou ostensivo, entre o poder público e a iniciativa privada.
A sociedade contemporânea apresenta um novo modelo para que a empresa possa progredir e o Estado evolua adequadamente, mediante a mobilização construtiva de todos os participantes, não só do plano político, pelo voto, mas também no campo econômico, mediante várias formas de parcerias, com base na confiança e na lealdade que devem presidir as relações entre partes.
Neste contexto, a empresa abandona a organização hierárquica e apodera do mundo empresarial, com os valores que lhes são próprio, como iniciativa, com responsabilidade, comunicação, transparência, tranqüilidade, inovação, flexibilidade, nas lúcidas lições. Em outras palavras Denny (2001, p.134), tem uma visão de que a empresa abandonando sua estrutura originária, sob o comando dos proprietários de companhia, e agora, terá que aceitar novas regras. Já nos dizeres de Wald (1989, p.5), há uma nova forma de governo, com maior poder atribuídos aos acionistas e empregados e até a própria saciedade civil, passando a ter verdadeiros deveres, não só com os seus integrantes e acionistas, mas também com os seus consumidores, clientes e até com o meio ambiente.
Nesse sentido, entende-se, assim, que um regime de completa liberdade para uma nova ordem na qual a liberdade das partes importa responsabilidade, devendo inspirar-se em princípios éticos, abandonando-se a igualdade formal para atender às situações respectivas dos contratantes, ou seja, à igualdade material. (OURIVES, 2006, p.6).
Na questão ambiental houve também uma grande transformação de valor, que segundo ibid (2000, p. 164 apud Ourives2006, p6), "transformou-se em um valor permanente para a sociedade, de forte conteúdo ético". Assim, protegê-lo, tornou-se um imperativo para todos os habitantes da Terra, exigindo que cada um se conscientize dessa grande necessidade, requerendo esforço comum, em resposta aos desafios do futuro. Com todas essas transformações hoje as exige-se que empresas promovam o desenvolvimento sustentável (1), conforme tem insistido a Câmara de Comércio Internacional.
Entende também Santos (1999, apud Ourives, 2006. p6) que nos dias de hoje é preciso pensar e pensar rápido, com coragem e ousadia, numa nova ética, para o desenvolvimento.
Em uma ética que transcenda a sociedade de mercadoria, da suposta generalização dos padrões de consumo dos países ricos para as sociedades periféricas, promessa irrealizável de certos correntes desenvolvimentistas do passado e dos neoliberais de hoje. Tal promessa não passa de um jogo cheio premissas falsas, devido a obstáculos políticos criados pelos países ricos (que brecam a generalização da riqueza) e as limitações impostas pela base de recursos naturais. Ou seja, as limitações ecológicas inviabilizam (devido ao efeito estufa, destruição da camada de ozônio, dilapidação das florestas tropicais etc.) a homogeneização para toda a Humanidade dos padrões suntuários do consumo.

Teorias éticas na organização

Em um estudo realizado por Srour (2000, p. 50). Apresenta que há pelo menos duas teorias éticas:
1. A ética da convicção, entendida como deontologia (estudo dos deveres);
2. A ética da responsabilidade, conhecida como teleologia (estudo dos fins humanos).
Afirma, ainda, o autor sobre as teorias que, toda atividade orientada pela ética pode subordinar-se a duas máximas totalmente diferentes e irredutivelmente opostas. Ela pode orientar-se pela ética da responsabilidade ou pela ética da convicção. Isso não quer dizer que a ética da convicção seja idêntica à ausência de responsabilidade e a ética da responsabilidade à ausência de convicção. Não se trata evidentemente disso. Todavia, há uma oposição abissal entre a atitude de quem age segundo as máximas da ética da convicção em linguagem religiosa, diremos: "O cristão faz seu dever e no que diz respeito ao resultado da ação remete-se a Deus" - e a atitude de quem age segundo a ética da responsabilidade que diz: “Devemos responder pelas conseqüências previsíveis de nossos atos”.
Conclusão
                         De acordo com a pesquisa, vale  ressaltar a questão sobre a ética, moral e responsabilidade social que vem crescendo em todo país não só na política como também no campo empresarial, tendo em conta a crescente economia e em relação à opção da estratégica que se ira adotada para integrar o país num mercado que se globaliza e que exige relações profissionais e contratuais, como se percebe, há uma cobrança cada vez maior por parte da sociedade pela transparência e probidade, tanto na forma de tratar os clientes, como de fornecimento de produtos e serviços ao mercado para não ser enganados e nem prejudique o meio ambiente. É necessário que as empresa utilizem métodos de fiscalização e as sociedades em geral adotem medidas necessárias para coibir os abusos cometidos pelas empresas.

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